que existe entre beatos de pouca fé
começam a formigar os membros
de uma sociedade anestesiada
pela falta de bom senso
ninguém está radiante de alegria
todos estão fadados ao esquecimento
desmemoriados pelas fúrias constantes
ovacionados pela estirpe da tolice
juras de pavor não param de vaiar
os aplausos se tornam puros mitos
samambaias estão à deriva nos castelos
as plantas começam a murchar de desespero
enquanto as flores perdem seu cheiro
os sábios esquecem das glórias errantes
não existe viva alma no semblante do poço
todos esquecem de afundar no interior
no interior de suas emoções
e acabam por prestigiar falsos abismos
não conseguem mudar de vida uterina
se perdem no muro de suas origens
castram o orgulho fétido da felina
que não rasteja mais atrás de sua presa
tampas de bueiro fecham realizações
o esgoto não será banido das vidas reprimidas
e o amor será alvo de vandalismo
quando as portas do mundo forem extraditadas
como bagagens sem valor próprio
lâmpadas escravizam a luz dos olhos
apagam a realidade
transformando velas em dejetos artificiais
devemos iluminar os brasões da hospitalidade
não passar o rastelo no solo da infertilidade
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