sexta-feira, 31 de março de 2017

CORES,FIGAS ,CONSTRUÇÕES E ARTE

Nenhum selvagem ganancioso
tem a astúcia de se enganar
mete medo em assombros de cores
não sai a noite a pintar
tem como cúmplice as aquarelas
mas nem sempre pode se afundar
nem colorir de gesto a penumbra
e num riso de sonhos se articular
esse comparsa a paisana
se policia quando caça favores
é o favorito das lâminas
quando corta no ar as canções
canta com uma voz aveludada
pra disfarçar seus pulmões
enche de ar as tremulas palpitações
que escorrem das veias
e não tem onde se posicionar
é o rei das falanges caolhas
mas tem um olho a guardar
em todo armário seus escombros
seus depósitos de pavores
são gritos que não podem calar
em meio a assobios nocivos
não consegue respirar
tem um tímpano atrevido
que consegue te escutar
está as margens do tropeço
mas sempre se põe a levantar
é um destemido saqueador de figas
vê a sorte perto de seu lar
nunca mora sozinho em suas aflições
mas tem um caminhão de pipas
a erguer suas boas emoções
é uma sincronia entre atalhos e caminhos
nunca se perde de vista
mesmo quando em seu talho de conquistas
perde-se de seu antigo armazém de carinhos












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