que esquecem do seu quinhão
e não plantam os primeiros grãos
servos famigerados da imperfeição
carrascos de um único patrão
que não rezam diante da fé e adoração
eles creem em suas próprias aflições
são carregados de tapas nas costas
e congelados pela atenção
chamam a morte como forma de expressão
se banham em largas portas
e não abrem para o coração
são crianças mimadas nos córregos
e cirandas sem canção
já diziam os devotos dos endócrinos
é hora de aflorar a pele
e martirizar os espinhos da redenção
é hora do ceticismo lançar seus dados
e acolher a sorte das crenças
momento de plena erupção
acionar os velhos sinais deixados por herança
e fitar os olhos sem pagar fiança
pecam os adoradores da questão
que sussurram falsos rumores
e que não dialogam com seus tutores
é momento de pagar com a mesma moeda
as cifras do orgulho e da inveja
de armar a tenda
e afastar as cercas do suspense
para que na labuta muitos pensem
que no aconchego do lar
há quem saiba amar
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