No gabinete dos covardes
uma sensação de brilho opaco
restituindo o calhamaço de papéis
e definhando as folhas do pensamento
pois muitos esquecem de abrir os olhos
e de sentir que esquecimento é enfadonho
que desfalca as mãos dos corajosos
no gabinete da derrota
um sonho perdido nas trevas
uma guerra de incógnitas
sem aventura de espíritos decentes
o caos se aflora
esses cravos em botões
perdem suas mentes nos cobertores
dormem afastados do afeto mútuo
que calunia a imagem dos cavalheiros
e denegri a imagem das donzelas
verdadeiras deusas do amor
caluniadas pelos alicerces do medo
no corredor das infâmias
morrerão ressecadas as begônias
pelo peso atroz das bigornas
e pelo incesto das insônias
vertigens que acometem os incrédulos
justiceiros de pouca fé
que perdem suas preces
em meio a infernos sem paraíso
farei de conta que sou principio
de um calabouço intuído pelas intrigas
e trancado pelas brigas
farei dos meus pés um passatempo lúdico
com serenidade e idéias fixas
sábado, 25 de março de 2017
Assinar:
Postar comentários (Atom)
SEM JULGAMENTO
Não julgue um livro pela capa um rio pela carpa um herói pela capa esteja sempre em casa ou em Capri pessoa imaculada o eco de mil sarna...
-
Fisguei meu ligeiro compromisso de entreter as varandas do naufrágio e no quintal das águas claras procurei meus comparsas os lacaios emban...
-
Um extrato bancário poupa mais que extrato de tomate e um extrato de tomate polpa a mais do que de um extrato bancário e não adianta ficar r...
-
Fugi dos escombros engolidos pelo fracasso das pedras que serviram de torre às pragas não haverá queda sobre pedra a me derrubar com seus d...
Nenhum comentário:
Postar um comentário