Um corte nas veias do risco
onde mortas se deleitam de seivas
que decantam a grosso modo
os visgos do paraíso
nessas maçãs empoeiradas pelo tempo
o pecado ficou as margens do passado
e nunca mais se levantou
morreu impregnado de lembranças
afastou de seu convívio as lanças
que já calaram fantasmas
de uma maneira mórbida
nos dias atuais ganha a vida
limpando a sola
de um sapato que não caminha mais
rasgar seus ovários imprecisos
faz da mulher um ser estéril
que rasteja feito os guizos
de uma serpente venérea
e num badalar de símios
a antiguidade se vê renovada
ceifada até a última gota
de um estranho líquido
que goteja nos cárceres privados
a morte preparando os petiscos
que vão engolir durante o júbilo
de uma sorte estagnada
nas sidras escorregadas pelo vento
lama atolando acidez nos viveiros
que não alimentam seus pássaros
e deixam as asas a mercê do senso
ridículo de voar mais alto
que sua própria competência
domingo, 26 de março de 2017
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