Solstício de um verão viril
me foi encomendado pelo inverno
durante temporada de rosas gélidas
e o granizo que respingava das árvores
parecia uma sombra de afrescos
uma penumbra fantasiada de carnavalescos
no cântico pagão da natureza
uma luz impetuosa acendia no horizonte
e as alegorias petrificadas de gelo
faziam dos troncos das sequoias
estatuas de madeira e farpas
os enredos infames pendiam para o amor
que amargurava os óbitos de passistas
que só caminhavam pra separar ilusões
dos verdadeiros sentimentos de claridade
mas a morte desses sambistas da natura
não viriam só durante o fixar das calotas
polar era o cântico dos árticos
quando blocos se soltavam nas águas
e o calvário das notas ressoantes
fazia da vida um clamor ao calor dos trópicos
a epiderme fria e calculista dos icebergs
fazia naufrágios serem mira da constância
constância de barcos a afundar nos oceanos
a primária flor perdia pêndulos
perdia suas pétalas na geleira
e os assentos de visgos e algas
começavam a se ampliar nas margens
os navios pesqueiros chegavam sorrateiramente
mas os peixes virariam escamas
asfixiadas pela falta de sol
o inverno tomaria seus passos decisivos
mataria um grão de euforia por dia
nessa ambição invernal
domingo, 26 de março de 2017
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