quinta-feira, 30 de março de 2017

LINHA TÊNUE

Sinto você mesmice das horas
me comover com seu relógio
unir as adagas dos ponteiros
e fazer sangrar meu peito
é hora de espichar o tempo
num gesto derradeiro de prismas
que iluminam os solventes matinais
dissolvendo as dores do passado
já estão úmidas minhas pálpebras
minha retina não perde
em nenhuma hipótese a usina de lágrimas
e irradia teus celebres prantos
num cavalheirismo precoce
galgando hospitalidade
de sentimentos puros e inocentes
os minutos correm apressados
os segundos devoram os dias
é hora de costurar a linha tênue
que separa as dores do amor
enxergar os risos acelerados
os sorrisos disparados
sem se perder na alcunha de caçador
na temporada de caça as estações
sou predador de meus achados e embriões

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