quinta-feira, 6 de abril de 2017

TÉDIO EXTRA

Tédio extra
cedo eu misto
mistura de prédio e precipício
abismo
eu cismo
fecho meus cílios
abro os olhos
nessa terra de símios
moto- serra que eu sigo
vivo
morto eu corto
as ervas do paraíso
para isso é preciso
que eu decida entre o certo e o indeciso
eu persigo logo o medo
e me aflijo
nas rédeas de um equino
nas garras de um felino
é como roubar os filhos
pirulitos de um menino
eu suicido
aflito eu minto
qual o sabor do milho?
eu fico entre dores de ternura
e flores no orquidário
entre sono no recinto
e cores na pintura
eu digo no calendário
dentro de meu sonho
a última voz e vez de um canário
pia neste canto imaginário
onde o santo é morte do demônio
de um reles microscópio visionário
se sou beato profano o profeta
em busca do primeiro silício
rocha que acha a pedra
esmeralda ou ametista
aonde estão as primeiras descobertas?
na certa perto da colcha
da coxa ou da testa
que sofrem de câimbra
da lepra
que me matam veia
artéria
a já velha seda
rasgação de meta
que me prende na fenda
na fresta
não havendo mais festa
só um azarão que não presta

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