assentei garrafas em trevos de quatro rolhas
e assim fervilhei bons fluidos
que se abriram quando a pressão do champanhe
não castrou canudos numa noite de refrigerantes
bebidas etílicas romperam o calor da madrugada
eu em meus invólucros da fortuna
preferi ficar no copo d`água
a humildade em que se encontrava a umidade
fez meus olhos escorrerem de felicidade
era explicita a noção de bem estar que fluía
num revoar de estrelas
luzes incendiavam o céu
e eu cristalino e absoluto radiava chá de mirtilo
é claro que estavam claras as realidades
mas o mundo mágico da fantasia me rondava
era tudo uma questão de ponto de vista
a ser atribuído aos reis da boa conquista
eu iria atribulado de euforia me condensar
em pequenos goles de nostalgia
lembrava dos eternos bons momentos
e me via em mais uma festa de charcos energéticos
derramando alegrias sem cessar
pra gracejos e bate-papos que sondam paixões
eu até era galante reprodutor de vulcões
entrava em erupção constantemente
e me brindava nas taças do sorriso infinito
fazendo o que é mais assíduo e bonito
uma festa para a comédia da vida humana
sem tragédia e sem drama
que copilasse em horas insones
ouvindo o melhor vinil descompassado da minha infância
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