Cíclico mecanismo de entorpecer cristais
pra que a energia de alguém se perca
em uma tumba de mortos
e nunca mais se aventure
essas são palavras mórbidas
daquele que se esqueceu de viver
que avistou o lado sombrio de suas fábulas
e nunca contou estórias felizes
nos dias atuais lê bulas de tédio
se perde em meio aos tratados de esgrimas
e luta com suas fugas intermináveis
deixando de correr perigo
é preciso açoitar o alivio
da maneira mais singela que se pode
nos calcanhares derrubados pelas avalanches
o ódio mortal de destruir sua estrutura
condenou o rapaz a coletar peças do acaso
e descobriu que não há ferramentas
que troquem o destino por aceitação
têm engrenagens que corroem o coração
e parafusos que deixam o ceticismo
mais afinado que um instrumento musical
devemos derrubar nosso equilíbrio torto
nos endireitar feito torres modernas
buscar novos apetrechos que nos tragam
muita e sustentável confiança
quem se machuca com seus dotes mentais
está entre a vida e a morte de seus armários
engaveta sentimentos bons
e não se liberta nunca mais
domingo, 2 de abril de 2017
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