terça-feira, 4 de abril de 2017

LOUCURA

Loucuras em burras bulas
louvam os loucos e suas torturas
a remela das meras vitrines
não irá limpar as sandices
pelo contrario sujará as curas
que podem sarar o sarro das confusões
e assim alarmar a lama do caos
se afundar em areia movediça
não move trauma somente enguiça
e aprofunda todo remorso e culpa
que a cretinice ao esculpir mentiras
se atrapalhe de trapos
não de camisas de força
aqueles que são mais fracos
já atrofiaram demais seus cacos
e hoje não vivem inteiros
cíclica clinica de vivas almas
que perderam seu estado primordial
e hoje vivem de uma forma linear
azucrinando os pobres coitados
que perderam a língua
e não têm nem mesmo o que falar
se o silêncio é a porta de entrada
a maçaneta será o hospede do planeta
a abrir os sonhos daquele
que já fincou seu pé na sarjeta
fissuras em frisadas nuvens desajeitadas
uns dizem que os insanos não pensam
têm a cabeça ao relento pegando vento
não se aconselhando de idéias
mas da estéril idade que antecede a vida
ficam mergulhados no passado
de suas mais amarguradas feridas
é que o amor não mede pegadas
e muitas vezes se escurece nessa longa estrada
deixando o coração dos desprovidos de calma
trêmulos de uma ansiedade
que ao mesmo tempo é pura e ilógica
mas quem tem sala pra se coçar
nunca chegará ao quarto sem purificar
sua válvula de escape
e não escapará da ansiedade
que é o ranço de quem vive na obscuridade
















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