nesta ópera desafinada do meu cérebro
brota uma esfera de proporções quilométricas
estou com a cabeça nas nuvens
e com restos de ferrugens
já não estou consciente do meu ser
sou uma fera indomável
estimulada pelo prazer
de reatar com minhas drogas
o que fazer?
tentar me aproximar a meu ver
do que me traz alegria
fenômenos de pura satisfação
somar em nome de meu Pai
toda e boa felicidade
que vem do coração
sem repúdio á cidade
sem baixaria
ser um discípulo do pular
mais alto do que se pode
esbanjar total euforia e ansiedade
a ópera tem que vir da alma
operando leves estruturas
quanto ao ópio deixa-lo longe daqui
meu cérebro será feliz quando
eu encontrar minha matriz
invés da filial
que não me dá força motriz
pra rezar e amar com gratidão
preciso de afeição
e não de defeito de fabricação
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