quarta-feira, 29 de março de 2017

DUELO ENTRE RIACHO DELGADO E AGUACEIRO DANADO

Fisguei meu ligeiro compromisso
de entreter as varandas do naufrágio
e no quintal das águas claras
procurei meus comparsas
os lacaios embandeirados pelas fontes
murmurantes do riacho delgado
já diziam que as sombras
serão elmos que envolvem mentes
radiantes de atrocidades
o enfartado perdeu o medo
de desafiar os corações
se viu submerso nas marés
que inundam calmaria inversa
são abissais as ondas que batem
nas praias coléricas do sal
é bravio quando o pavio
se acende e inunda todo rio
no mar não há desvio
para um desvalido de conduta
ébrio até as últimas pontas do dilúvio
o aguaceiro danado perde seu entusiasmo
de viver sereno e invade o treino
selvageria e blasfêmia
levando surfistas ao extremo da boêmia
pra que eles encham suas faces
com cópias relutantes de defeito

























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