me diga se poderei me amar num buraco
num binóculo
ou usando meus óculos
pra que a nítida sensação de meus olhos
não seja menor que um átomo
nem maior que um teatro
Mestre do meu sonho
me acorda desse diálogo
quero ser em minhas entranhas um monólogo
que perpetua de vez em quando
ou num breve momento
me faz despertar num segundo mais óbvio
e declarado o amor que sinto pelos astros
não quero ser um mero advogado
defendendo a Ursa Maior
nem meu signo de Sagitário
toma o trajeto da luta escura
mas não apaga a luz
que também emana da Lua
com ajuda do astro Sol
beba as luzes pra que lhes sirva de troféu
Mestre do meu sonho
seja meu Oráculo
e decifra minha vida de ponta-cabeça
lembrando que em minha mente
também há um coração
antes que o osculo
venha chegar perto de meus lábios
e não o veja mesmo no clarão
saiba que a escuridão é o árbitro
que nos leva a claridade
mesmo que ela decida que não
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