terça-feira, 24 de outubro de 2017

LUTA ENTRE TORRES

Sobre a luta de espadas
desafiarei as amarras
com meus punhos e garras
lâminas afiadas
subirei as escadas
um tanto quanto alongadas
e chegarei do outro lado do mundo
afiando as laçadas
dessa minha corda escorada
num tambor que não chora
água parada
lágrimas escoam
pois estou numa sede viajada
de miragens,oásis e nada

num combate de comparsas
o inimigo faz outra jornada
e você procura a amada
vinculada a teu coração
que é mais do que alma purificada
teu rival quer despertar o mal
através de mágoa disfarçada
e você a léguas da distração
quer estar presente em um regalo
bem embalado
sem arma ou excesso de dor
quer ser presenteado pelo amor
numa batalha sem antecedentes
criminal é teu ar marginal

e quanto a mim repouso num circulo dourado
macio como um estofado
a me acomodar feito brilho latente
desse jeito brilhante de fato
precisa ser áureo ou prateado
para estancar meu ódio
e torna-lo gárgula petrificado
bater as asas de concreto
sem demasiado entusiasmo
se for pra ser dura a vida que seja torresmo
ou uma torre a esmo
com utilidade ou lisonjeiro porte arqueado
que não caia cá do meu lado
mas mantenha um ritmo elevado

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