segunda-feira, 17 de maio de 2021

NAVEGADOR DOS MARES

Rum ruim rim
feridas que me levam até o fim
marítimo martírio mártir
bebidas que me levam até o sim
e sou lembrado como elefantes
pesados fardos marfim
nestes mares bravios
capa e espada de festim
não me cobrem de leveza carmim
sou uma espécie de cetim
nestes beijos venenos motim
abrir espaços pros caminhos trancados
não é o combinado
não é o sinto muito enfim
peço desculpas com as chaves
no lugar errado
sem olhar pro passado
há um futuro em mim
que não é ar de prancha condicionado
a pular de um navio batizado
e ser por tubarões devorado
afinal de contas meto meu gancho na razão
e as mãos no coração
sem me prender de fato
sou um aspirante a pirata
com meu pé de pato
e um corsário neo nato
quando o assunto são ondas
batendo nas rochas
um caolho das noites baixas

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